Em outro hospital e meses depois os médicos decidiram não operar então fiz por volta de 70 sessões de fisioterapia com pioras progressiva até travar perna, e eles insistiam em dizer que precisava da fisioterapia desconsiderando o relatório do fisioterapeuta, além de dizerem que minhas dores não existiam que eu estava mentindo e não queria melhorar, mexiam na minha perna e depois eu sentia mais dores e continuava sentindo os dedos deles na minha perna, sentia minha perna esquerda borbulhar, sentia como se um fio quente escorresse dentro, pequenas contrações na perna inteira etc....
Novamente ouvia que as dores e tudo isso que tentava contar a eles sem que conseguisse concluir não existiam, e que eu não tinha motivos para ter tudo isso que eu estava apenas inventando tudo.
O SUS; Secretária de Saúde; SAC do Hospital Estadual de Serraria, nenhum deram assistência a mim até hoje não me responderam, foram mais de 3 anos para eu mesma no ato de desespero coloquei minha patela no lugar, então graças ao médicos desenvolvi Condromalacia, quando não sentia tantas dores eu mesma em casa fazia os exercícios da fisioterapia, tentei vários hospitais inclusive cheguei a chamar a policia quando fui desrespeitada e humilhada dentro do hospital pelos médicos e funcionária do SAC, porém sem sucesso, abandonei o hospital que só me fazia piorar passei com vários médicos e vários exames e nada.
Em uma crise em um pronto-socorro um Neurologista me diagnosticou com Distrofia Simpático-Reflexa, descartou reumatismo mas disse que tinha algo mais que não conseguia entender.
Tive que voltar ao hospital mas quase rasgaram meu diagnóstico e disseram "Mentira".
Não suportei as dores e toda a humilhação e no ato de desespero pois também não tinha apoio de ninguém emocionalmente, tentei suicídio.
Um dia depois comecei a ter flashes do que acontecera:
Me vi no quarto do meu irmão dizendo não estou bem e cai na cama;
Ouvi minha mãe gritando ela tentou se matar;
Estava no corredor do pronto-socorro dentro do consultório;
Na enfermaria, tinha vários enfermeiros em cima de mim agitados...não conseguia ver o que acontecia comigo mas derrepente vi sangue esguichando e eu estava muito mal porém não sentia nada apenas me via como em um espelho e a minha volta em flashes.
Acordei 2 dias depois e desde o acidente foi a única vez que senti minha perna esquerda como a direita "normal" me esforço sempre para lembrar dessa sensação....
Vi isto como uma luz no fim do túnel e disse a mim mesma que se os médicos não são capazes de me dar respostas eu vou encontra-las sozinha, e tive esperanças de cura.
Começou então minha nova jornada....
Comecei a estudar e pesquisar então fiz vestibular para Biomedicina e passei na FMU, também tentei o curso de verão em Psicobiologia da Unifesp mas este não consegui.
Mas na Biomedicina encontrei um sonho e superação, mas em um inverno entrei em crise..perdi meu emprego, consegui concluir o 2ºsemestre mas com débitos que não teve acordo com a FMU á qual ainda protestou meu nome e não consegui retomar a faculdade.
Depois de anos de luta contra a Dor consegui tratamento no Hospital das Clinica de SP.
Dr. Barbosa me examinou, provou e me explicou que tenho uma doença chamada Síndrome do Hemi-sensitivo que altera uma lado do corpo ou membro, meu lado esquerdo é totalmente diferente do direito, a Dor Cronica se concentra na perna "joelho" esquerdo e proximidades. Tentamos varias medicações retomei minha profissão mas em algo de menos impacto.
As minhas crises que só vinham no inverno foram controladas, me sentia bem apesar da dor minimizada e ainda não sentia a perna normal.
Porém sem explicações...
Veio uma crise à tona com inicio no verão de 2013 (dezembro), os remédios não foram suficientes para evitar, passei com outros especialistas do HC para complemento ...sem sucesso
A dor voltou como na época da Distrofia Simpático-Reflexa pedi para o Dr. Barbosa me ajudar e se fosse preciso que tirasse minha perna pois não suportava mais a Dor e senti-lá como se não fizesse parte do meu corpo, e que ele era a minha ultima esperança.
Ele explicou que meu problema não estava na perna e sim no Sistema Nervoso Central e que encontraria a solução pra mim mas meu organismo é extremamente sensível à medicamentos e estava com dificuldades para me medicar.
Piorava a cada dia, cada passo mesmo com a ajuda da bengala mal conseguia andar.
Não estava mais suportando os efeitos colaterais além da dor surreal....
E como efeito colateral dessa crise, além de alucinações, os barulhos do meu cérebro voltaram, tudo dentro da minha cabeça balançava além da terrível dor de cabeça, que me fez entrar em pânico novamente e com medo de cair qual sempre tive.
Nota: Há mais de 1 ano sofri agressão com tentativa de homicidio por parte familiar. Tive perfuração e hemorragia de tímpano esquerdo. Dr. Barbosa conseguiu conter essa crise. Os sintomas: barulho como se estivesse em um túnel o tempo todo, tontura, náusea e dor do lado esquerdo do rosto... Perdi também meu emprego em pet shop e 70% da audição mas milagrosamente na mesa de cirurgia não precisei operar, a audição voltou e os sintomas foram regredindo.
No inicio dessa crise quando precisei acordar para trabalhar não consegui me mexer da cama e abrir os olhos, por + ou - 2 horas depois consegui mexer o lado direito abri meus olhos com os dedos mas minha mão e dedos esquerdo já estavam atrofiados, inchados e não conseguia mexer, além de fortes choques no pé e mãos, minha perna atrofiou novamente, no pronto-socorro colaram uma tala de gesso na perna e disseram que a câimbra sem sessar, choques no pé e a atrofia da mão seriam reflexo da patela que saiu do lugar e condromalacia. Porém no HC tiraram e disseram que só pioraria, fui para o interior que o clima é mais quente e fiquei na piscina o dia todo, minha mão voltou minha perna melhorou até voltar pra casa. Que foi regredindo apenas a mão ficou normal.
Meus diagnósticos:
- Condromalacia
- Causalgia ou Síndrome do Complexo Regional
- Síndrome de Hemi-sensitivo
- Distrofia Simpático-Reflexa
Mas e os outros sintomas onde se encaixam?
- Relembrando..... Os ortopedistas do Hospital Estadual de Serraria insistiram e garantiam que eu não tinha nada e estava inventando.
Qual a Solução ?
- Talvez só a necropsia consiga mostrar.
Reflexão
Não sou a primeira e nem a única neste Brasil e nem no Hospital das Clinicas com o histórico e sintomas semelhantes, existem milhares de outros casos e a Medicina persiste em recusar o diagnóstico de Hemi-sensitivo que é difícil de registrar e para o conselho é impossível.
- Até quando as pessoas irão se dedicar a área da saúde sem dedicação com a mesma.
- Até quando os que tem cargos para solucionar ou minimizar e controlar a saúde pública irá cruzar os braços para quem necessita e procura ajuda pela dignidade de ter uma vida melhor com saúde.
Conclusão
Resolvi escrever tudo isso, pois existem pessoas com esses problemas que não teve a chance de conhecer o Dr. Barbosa; já que não existe médicos como este.
Eu não sou a primeira mas gostaria de ser a última a ter que passar por todos esses transtornos.
Resolvi divulgar esse diagnóstico para quem sabe me reunir com outros como eu e lutar dentro da Medicina para provarmos que sim isto existe é um fenômeno raro mais existimos!
Agradecimento,
- Agradeço imensamente ao Neurologista que muitas vezes se torna um psicólogo e amigo que é este orgulho para a medicina e para o hospital das clinicas.
Dr. Claudomiro Barbosa
- E ao grupo da Termografia Dr. Joaci que tem feito o acompanhamento com a termografia além da ajuda psicológica junto com a Dr. Mônica que faz a acupuntura para relaxar minha musculatura e com isso reduz as dores e me ajuda muito psicologicamente.
- Ao grupo de Dor
Vocês não são apenas ótimos Médicos mas sim ótimos seres humanos que fazem o que fazem por amor e isso faz toda a diferença para pacientes com Dores Cronicas como eu!
A baixo são as imagens da minha primeira Termografia.
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