No papiro de Ani ( o chefe dos escribas do faraó Seti I ) diz:



Veja, não está escrito neste pergaminho? Leia, tu que descobrirás nas eras futuras, se Deus lhe der o poder de ler. Leia, criança do futuro, e aprenda os segredos do que é superior a tudo mais e que está tão longe de ti, ainda que na realidade esteja tão próximo. Os homens não vivem apenas uma vez e depois desaparece para sempre; vivem inúmeras vidas em diferentes lugares, mas nem sempre neste mesmo mundo e, em meio a cada vida, há um véu de sombras. As portas finalmente se abrirão e veremos todos os lugares que nossos pés percorreram desde o princípio dos tempos. Nossa religião nos ensina que vivemos para a eternidade. No entanto, como a eternidade não tem fim, não pode ter um começo; é um ciculo. Consequentemente, se a unidade é verdadeira, isto é, vivemos eternamente, o contrário também deve ser verdadeiro, ou seja, sempre existimos. Aos olhos dos homens, Deus tem muitas faces e cada um jura que viu a verdade e o Deus único. Mesmo que não seja assim, todas essas faces são apenas faces de Deus. Nosso Ka, que é nosso duplo, nos revela tais faces de diferentes modos. Das profundezas ilimitadas da fonte de sabedoria, que está oculta na essência de cada Homem, percebemos grãos da verdade, que conferem o poder para realizar coisas maravilhosas àqueles dentre nós que têm o conhecimento.

(Em o livro dos mortos do antigo egito)