sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

SUBSTÂNCIAS ALUCINÓGENAS



Após a segunda guerra mundial, muito antes que os graves efeitos colaterais físicos e emocionais do uso de drogas fossem amplamente conhecidos, os pesquisadores começaram a fazer experiências com uma classe de drogas chamdas de alucinógenos. Descobriram que essas substâncias, tal como a psilocibina e a dietilamida de ácido lisérgico, mais conhecido como LSD, eram capazes de produzir alucinações poderosas. A primeira viagem, tal como a excursão de expansão da mente veio a ficar conhecida, documentada de LSD foi feita em 1943 por um químico suíço chamado Albert Hofmann, que tomou um quarto de miligrama da droga e mergulhou em um reinado de surpreendentes revelações. Ver as flores em meu próprio jardim é como ver todo o prodígio místico da criação.

Nos anos 50 iniciou estudos em cobaias humanas alguns funcionários da CIA agência central de inteligência dos Estados Unidos, recebiam comida ou bebida temperada com LSD. A pesquisa revelou que, além de produzir visões caleidoscópicas, as drogas pareciam produzir, de vez em quando, efeitos parecidos aos da psicose. Após alguns anos deste estudo, os funcionários admitiram que, apesar de o LSD penetrar até mais determinadas regiões da mente, ele libertava uma tal gama de reações e emoções humanas que nem mesmo o mais hábil manipulador poderia alegar ter controle sobre as mentes daqueles que o ingeriam.


Aldous Huxley, romancista e filósofo britânico, testou pessoalmente os efeitos da mescalina, derivada de um cacto, e registrou suas observações em um ensaio de 1954, As Portas da Percepção, título inspirado em William Blake. Huxley descreve rios de sensações prazerosas, tais como uma dança lenta de luzes douradas.


O incrivel fluxo de informação sensorial libertado pela mescalina levou Huxley à hipótese de que a principal função do cérebro e do sistema nervoso é servir como válvula redutora para restringir o influxo de realidade a um nível administrável. Supôs que há tantos dados captados através dos cinco sentidos que, se todos fossem processados, a mente seria sbmergida, ficando incapaz de lidar com os problemas da vida cotidiana.


Huxley acreditava que a mescalina desligava a função filtrante do cérebro, permitindo que a mente fosse inundada por eventos mentais que costumavam ser excluidos por não terem qualquer valor de sobrevivência. Tais instruções, escreveu ele, são biologicamente inúteis, mas estática e às vezes espiritualmetne valiosas. Achava que eram representações do que ele chamava de Mente em Liberdade, uma percepção de tudo que está acontecendo por toda parte no universo. Além disso, sugeriu, podem ser estimuladas por outros catalisadores além das drogas, tais doenças, fadiga, jejum ou um completo retiro sensorial, em algum lugar escuro e silêncioso.


Quaisquer que fossem os meios para alcança-los, Huxley achava que a humanidade precisa desses paraísos artificiais, a maioria dos homens e mulheres leva vidas tão dolorosas, na pior das hipóteses, ou na melhor das hipóteses tão monótonas, limitadas e pobres que a ânsia de escapar, o impulso de transceder a si mesmo, ainda que só por um instante, é e sempre foi um dos principais apetites da alma. A arte e a religião, os carnavais e a saturnália, dançar e escutar oratória tudo serviria, nas palavras de H.G. Wells, como Portas na Parede. E para uso particular, cotidiano, sempre houve os intoxicantes químicos; sedativos e narcóticos vegetais, euforiazantes que crescem em árvores, alucinógenos que amadurecem nos frutos ou podem ser espremidos de raízes, todos sem exceção, foram conhecidos e sistematicamente usados pela humanidade desde tempos imemoriais.


Em sua idéia acerca do cérebro como filtro, Huxley, parece ter estado perto da verdade, pois pesquisas posteriores mostraram que duas substâncias no cérebro a Serotonina e a Norepinefrina atuam como comutadores que controlam os sinais pelo córtex para o cérebro. Ao aumentar a Norepinefrina do sistema ou reduzir a Serotonina, os comutadores são trocados, estimulando o córtex e desestabilizando o cérebro. Aparentemente é este o efeito do LSD. O filtro redutor é eliminado, e o cérebro fica livre para produzir sua própria paisaagem interna " as alucinações ".


Huxley estava convencido dos bons efeitos de sua experiência com mescalina, embora não igualasse, nem qualquer outra droga, com a verdadeira iluminação que ele, então budista praticante, considerava como o fim e propósito supremo da vida humana. Mas acreditava que as drogas pudessem ajudar esse propósito, fornecendo farmacologicamente um estado espiritual que os teólogos católicos chamam de uma graça gratuita algo que, embora não seje necessário para a salvação, pode ajudar. Ser arrancado dos trilhos da percepção ordinária, escreveu Huxley, enxergar por algumas horas atemporais os mundos internos e externos, não como aparecem a um animal obsecado com a sobrevivência ou a um ser humano obcecado com palavras e noções, mas tal como são apreendidos, direta e incondicionalmente, pela Mente em Liberdade, está é uma experiência de valor inestimável para qualquer pessoa.


Timothy Leary, psicólogo, professor e pesquisador em 1958, obteve uma certa quantidade de psilocibina, o principio ativo dos cogumelos, iniciou uma pesquisa com participação interativa no qual os pesquisadores tomariam a droga junto com os voluntários. Leary achava que, depois que aprendessem a mapear com precisão as divagações mentais provocadas por várias doses das drogas, ele e sua equipe poderiam usa-lá para explorar a verdadeira essência da psicologia, da estética, da filosofia, da religião e até da própria vida.


Após a pesquisa em mais de 200 voluntários, descobriram uma ampla gama de reações, não só em pessoas diferentes, mas também em ocasiões diferentes com a mesma pessoa. Leary e Alpert entenderam que essas variações eram determinadas pela dosagem da droga, bem como por duas variáveis que batizaram de roteiro e cenário, roteiro refere-se às expectativas da pessoa quanto aos efeitos da droga, e cenário ao mabiente físico e social em que ela é tomada.


Leary e Alpert escreveram um manual de seu empreendimento místico intitulado A Jornada Psicodélica, inspirando-se no modelo do Bardo Thodol, conhecido como Livro dos Mortos Tibetano. Esse texto budista, dirigido aos vivos, descreve todos os níveis de consciência que levam para a luz clara da iluminação, um estado transcedente de libertação em relação ao ego. Leary mostrou os paralelos existentes entre esses níveis e os estados alterados produzidos pelas drogas, e previu que um dos modos pelos quais seu programa cientifico de drogas poderia trabalhar pelo bem da sociedade seria ajudando a explorar os domínios sagrados da mente.


Logo muitos problemas surgiram, com estudantes usando as drogas sem um fim cientifico, e controlado. A sociedade julgou que essas drogas era um veneno para a sociedade estabelicida, já que a sua pesquisa dispertou um interesse por muitas pessoas a experimenta-lás. Em 1966, novas leis e regulamentos estritos levaram as pesquisas psicodélicas a uma virtual parada; os cientistas foram obrigados a devolverem seus estoques de drogas aos fabricantes. Leary, depois de ser expulso da faculdade se tornou uma espécie de pregador indenpendente dos estados alterados, era um homem marcado, caçado pela polícia e pelos políticos.


Ao longo de todas essas provações, porém, ele manteve a fé no uso inteligente das drogas que alteram a mente como meio para o aperfeiçoamento pessoal e social.


As drogas psicodélicas podem desencadear poderosas reações negativas


Os flashbacks ( efeitos do LSD), estados crônicos de ansiedade e psicoses afins à esquisofrênia ocorram às vezes após o uso frequênte da droga, as questões sobre os danos às celulas cerebrais e aos cromossomos ainda não foram satisfatóriamentte respondidas em bases científicas.


Já aconteceu de convertidos presentes em reuniões religiosas, em um anseio extático para renascer, atirarem-se a um rio e afogarem-se, inúmeros casos de possessão falam de vítimas que infligiram ferimentos a si mesmas ou a outros quando presas de uma personalidade alternativa; sonânbulos se equilibrando em balcões perigosamente altos. Leary fala de um episódio nos primeiros dias de sua pesquisa com LSD, quando um voluntário tomou a droga apesar de tanto o roteiro quando o cenário serem negativos, o voluntário passou várias horas dando pulos feito um gorila, balançando-se em árvores e cobrindo-se de cortes e machucados, convenceu-o de que controles sobre o roteiro e cenário das experiências, bem como a pureza das drogas, deviam ser mantidas em todos os momentos.


Tal como disse em 1960 o filósofo e escritor Arthur Koestler, após experimentar a psilobina com Leary: Ontem à noite resolvi o segredo do universo, mas hoje de manhã esqueci como era.


Presionados pelas leis antidrogas e desiludidos com os efeitos efêmeros das pílulas mágicas, os devotos começaram a procurar por outros meios de alcançar suas metas espirituais. Muitos voltaram às práticas meditativas das religiões orientais. Tal como Aldous Huxley antes deles, descobriram que as alturas alacançadas pela meditação eram mais puras e duradouras do que as obtidas pelas drogas. A meditação também é desprovida dos efeitos colaterais das drogas, tais como pupulas dilatadas, mãos frias, enjôo e falta de sono, que nada têm a ver com o estado mental desejado .


Enquanto as drogas pareciam revelar novas dimensões da mente, elas também reforçavam a ilusão de que tais dimensões só são acessíveis por meios externos, materiais. Os místicos e alguns pesquisadores das drogas, acreditam que essas dimensões, na verdade, estão à disposição de todos, a qualquer momento, mesmo que a maioria das pessoas não saiba como alcançá-las sem drogas.


O objetivo da meditação é superar a ilusão e saber que os níveis superiores de consciência vêm da própria mente.


Em nível mais prático, Gawain e outros expoentes da visualização criativa apóiam-se em técnicas derivadas das práticas meditativas do Oriente. O relaxamento físico completo é o primeiro passo, combinado a uma respiração profunda, lenta e regular. A própria visualização requer uma intensa concentração sobre a imagem desejada, do mesmo modo que um monge budista, meditando sobre uma frase santa, repete-a sem cessar.






Existem outros fármacos que levam a pessoa há um estado de alucinação e experiências similares. E como tudo tem dois lados, o lado positivo, no caso dos remédios que agem no cérebro é a redução até a cura da doença, em algumas drogas levam a um estado de extâse e a pessoa fica como se desligasse de seu corpo material, as visões são muitas vezes em forma de conhecimento, mas tudo isso é passageiro, e a única coisa que é permanente por estas substância é o vício, ou seja uma pessoa que busca uma elevação espiritual somente e definitivamente à partir de substâncias está se negando e fugindo da sua própria mente. A nossa mente é capaz de qualquer coisa, basta saber usa-lá, a meditação é algo que requer treino e tempo, mas é uma forma duradoura, você pode entrar nesse estado apenas ouvindo uma música, sem agredir o próprio corpo, danificando suas células e seu cérebro de uma forma irreversível.


Como na frase, você não pode encontrar porque nunca foi escondido! Apenas precisamos aprender como usá-la. A resposta está dentro de nós, cabe a você querer compeender, e buscá-la, assim como os Antigos Egipicios e os Antigos Maias, buscaram sua sabedoria bem acima de nossas cabeças, "o Universo e as Estrelas" já que é a única forma visível que podemos olhar para o passado. até hoje nada e ninguém conseguiu superar e explicar como construiram tantos monumentos maguiníficos e de uma precisão extraordinária.


Devemos ter isto como uma aprendizagem, buscarmos, observarmos, tudo que está a nossa volta, dar valor a tudo, que nos cerca, e então talvez consiga a resposta que buscamos!

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